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sexta-feira, 5 de março de 2010

Mais um dia a amar

Não é que tudo me seja indiferente, pois pelo que reparo hoje, o sol ilumina até, por entre as frechas das janelas mais fechadas os quartos mais abafados, vazios e sós. Há um vago vento que bate na face, contudo o calor faz com que este se faça aconchegar. A natureza dá um brilho sobrenatural e único ao mundo, vencendo a cidade rica e fantasiosa que enche o ar de componentes mortais. As árvores respiram o que tanto produzem, enquanto as flores se ficam por treinar o seu olfacto, cheirando os perfumes estravagantes que contêm. A lama, aquela mistura homogénea de terra e água, ainda um pouco recente, quando a reparo no chão do caminho por onde passo para chegar á escola.
Eu.. eu apenas observo tudo isto com um sorriso meio esquisito, pois se transforma em saudade, aquela que tenho guardado no meu peito.
E é esta a minha primeira impressão ao dia.


Sempre a mesma rotina, sempre os mesmos lugares, sempre o mesmo ritmo.
Desde o acordar, ao desleixamento de meu corpo sobre a cama quando a noite me envolve, sigo um rumo rotineiro, que me cria uma firme barreira ao pensamento.
Passado é passado mas..
Foi um desejo tão intenso e persistente que se instalou na minha mente que talvez agora mesmo esteja determinada a esquecer, sem ressentimentos e sem mágoas dentro de mim.
Lutei tanto. Fiz forças que nem tive simplesmente por ser o que sempre ambicionei.
Agora que cheguei onde tanto queria, é tudo diferente..
Sobrevoei lugares, esqueci pessoas, tudo isto somente para adquirir algo que agora me desprezo.
Agora eu entendo. Amar não é simplesmente passar pela rua, findando os olhos de alguém, que não nos parece indiferente.
Amar é tocar cada palavra como uma nota que embala o nosso coração, é tocar os seus cabelos com as mãos suaves que se não tem.
Não é sequer encontrar a pessoa certa, num certo momento que nos parece o mais acertado, pois o amor não é certo.
O amor, por mais que se diga não é odiado. É sofrido.
Há uma luz que brilha dentro do coração, não se vê. É tão forte que eu mesma, por vezes, tenho de lhe impor um limite.
Não é que eu não goste de sentir uma adrenalina tão intensa quanto o calor que o sol nos envia, é algo que por minha própria consciência me sinto directamente consciente de o fazer.



«Posso esquecer o mundo, posso esquecer que sinto, posso esquecer que vivo mas esquecer que te amo, é algo completamente imprescindivel.
És tu que me levas ao mundo da lua, e é lá que eu sonho contigo dias a fim..
O meu sorriso é o reflexo do nosso amor.
Sinto agora que sou capaz de ultrapassar as tristezas, e tudo o que me leve a desperdiçar tempo inevitável.»



Não há uma explicação sóbria do amor, por mais palavras que se escrevam, por mais comparações que se façam existe sempre algo em que falhamos, pois o amor nunca é igual aos olhos do mundo.
Como a minha avó diz: Já não há amores como os de antigamente.

Sinceramente, acredito.




Pois não sei o que estou produzindo. Porque aquilo que quero, isso não pratico; mas aquilo que odeio é o que faço.No entanto se aquilo que não quero é aquilo que faço, estou concordando que Lei é excelente.
Mas então, quem o produz não sou mais eu, mas o pecado que reside em mim - Romanos 7:15,16,17 (Biblia.)

1 comentário:

  1. OS TEUS TEXTOS FALAM QUASE SÓ SOBRE O AMOR. DEVES ESTAR APAIXONADA.
    BEIJINHOS
    PARABÉNS ÉS UMA GRANDE ESCRITORA..

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