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terça-feira, 11 de maio de 2010

Calma -

Recuei.
Não estava agora preparada para dizer que te amava, quando tu desviavas meu olhar como que um segmento mal delineado.
-Porque não me olhas nos olhos ? Parece-me a mim que tens algo que não consigo decifrar escondido por trás de teus lábios. Conta-me, não quero mais que me mintas quando o que faço mais é pensar no que mais te satisfaz. Eu quero fugir contigo, quero conhecer tudo aquilo que me dás a conhecer e que eu ainda nem me dei conta. Quando tu pensas que eu não penso em ti, eu estou olhando a tua fotografia como que uma recordação de infância. Sei que te magoei mas, era a última coisa que queria ter feito, quando aquilo que mais contesto em mim, é saber que erro e nem me dou conta por vezes daquilo que falo e que digo quando não é  que sinto nem o que faço. Perdoa-me por favor, tudo aquilo que construímos fará sempre parte de mim. Não me abandones amor.
E agora tu me fintas os olhos com um brilho de rancor, e eu confesso ficar indignada. Não sei aquilo que me queres dizer, contudo, sinto-me irrequieta pensando que me poderás dizer que tudo acabará, "até ao nunca mais".
Pegaste-me a mão e eu agora tenho vontade de chorar. Se não olhasse o céu para que o vento me tivesse feito levar o pensamento negativo que continha se teria sobreposto uma lágrima contra  meu rosto, concerteza.
E agora, foste capaz de me olhar:
-"Há coisas que por mais que eu queira, não consigo tirar de mim. Por mais que queira esquecer, por mais que sinta que devo pensar que foste apenas "mais uma", mas tu não sais da minha cabeça. Aquilo que nos une é muitíssimo mais forte do que aquilo que pensei. Eu não quero sofrer, entende-me ! Ás vezes, mais vale tentar acreditar que aquilo que digo e que penso é em vão. Mas quando te relembro, choro por dentro.
Sou fraco demais !"
Abraçaste-me e eu senti um calafrio pelo corpo. Estavas aqui, nem presente, nem ausente. Estavas tu, e nesse momento eu perdi um raciocínio louco e te apertei contra meu corpo como se fosse o último abraço.
E aí, puxaste-me todo o cabelo para trás e deste-me um beijo na testa com todo o carinho.
-Sinto-me inútil, sinto que nunca fui tão fraca. Contigo, descobri um limite muito mais longo do amor.
Nunca amei tanto ninguém como tu, fica comigo. - Disse-lhe eu - NÃO ME ABANDONES AGORA "RUI", SEM TI, SOU ALGO PERDIDO ! - Acrescentei eu por um tom solene, enquanto caí no chão esperando a tua mão.
Mas não. Eu vi-te andando por um caminho diferente do meu. E enquanto te via cada vez mais longe tu paras-te e viraste-te para mim.
Apesar de estares longe reconheci todas as tuas feições, como se estivesses a um palmo do meu corpo. Então aí choras-te, e gritas-te bem alto:
-"Perdoa-me por te amar desta maneira tão intensa e sincera, por isso e isso mesmo, fugirei. Para não rever o teu rosto e saber que não estavas do meu lado. Eu amo-te, e se isso é um pecado, pecarei eternamente.







Fala-me de ti quando não conseguires dormir e eu ouvirei. Eu ? Eu irei estar sempre presente mesmo que não me olhes, nos bons e nos maus momentos."








O MAR  DA PAIXÃO É O AMOR EM QUE NAVEGAMOS SEM MAR, REMAMOS SEM REMOS E AMAMOS SEM MEDOS.

2 comentários:

  1. Por acaso também é o meu :)

    Grande história de amor. Às vezes temos de deixar partir aqueles que mais amamos... só para não os amarmos ainda mais.

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