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terça-feira, 25 de maio de 2010

Inacreditável

Já não vale mais pegar na mala, sentar-me na cama e tirar a tua fotografia olhando-a com olhos de quem vê o infinito a olho nu.
Meter os fones nos ouvidos, esperando que a musica me faça rebentar as lágrimas pelos olhos.
Ou até mesmo estudar o corpo humano, relembrando todas as tuas formas corporais. 
Sinto medo, sinto saudade, sinto tudo aquilo que me causa a ansiedade de te ter perto de mim.
Mas, eu não vou mais implorar que voltes, pois assim, sentiria-me um mendigo suplicando a tua esmola.
Só fico mais uma das inúmeras vezes indignada, quando pensas que não és nada mais que um pouco de ar num pouco de céu, que não mereces sequer ter alguém do teu lado, para te fazer feliz.Ou quando jogas pelos teus estremos e te achas dono do mundo inteiro.
E por mais que diga que estarei sempre aqui, tenho receio de "desafinar", nestas notas que á muito me levam o coração voando. 
Passa a minha imagem na tua mente, quando necessitas de um ombro para chorar. Mas quando eu preciso de ti, não me olhas nem me chamas por um abraço.
E o mais incrível, é que ainda pergunto por ti. Ainda questiono a tua ausência depois de todos estes meses em que andas-te na minha frente, mais incolor que o ar. Em que me desprezas-te com todas as letras e eu, eu volto ainda a perguntar por ti. Sou ingénua, de mente limitada. Mas, eu não mereço, eu não suporto. Não vale a pena acreditar que o papel que se rasga se pode colar como quem não vê nem uma imperfeição.  Amo-te, para não te odiar.
O amor, é como uma espada afiada, doí mas não fere.

Quando te vens despedir, choras - mas eu nem pergunto porque choras, mas porque te despedes de mim.

2 comentários:

  1. "Não vale a pena acreditar que o papel que se rasga se pode colar como quem não vê nem uma imperfeição."

    é tão , mas tão verdade .

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