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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Já não estou aí, do teu lado

Não esteve um dia muito agradável, reparei logo ao sair à rua, nessa manhã.
O frio deixava que a relva esverdeada ficasse preciosamente cristalizada, e bem sólida no meu olhar.
A rua estava deserta, e as cores frias que se deixavam cair na minha frente ainda me davam mais angustia, ao mentir sobre a tua própria mentira, quando em voz firme dizia já ser capaz de esquecer..
Daria tanto prazer um grito naquele instante, mas já não tinha mais forças, quem me dera a morte naquele momento decadente da minha vida..
Não estava perdida, aliás, eu nunca estive.
Só queria ouvir a tua voz mais uma vez, tocar-te no rosto mais um minuto, beijar-te mais um segundo que fosse, entende este meu ponto de vista, por favor.
Por momentos a briza que tocava com carinho o meu rosto, me fez respirar o teu aroma..
Eu agora sinto-me novamente incapaz de tudo, já não quero mais sonhar com o que o mundo me deu, já que o fez com tanta pena e desprezo.
Deixou-me aqui perdida, chorando no ombro do horizonte que fanaticamente me puxava e puxava cada vez mais..
Li a carta de amor, que me deixas-te pela milésima vez, e pelo que me parece, estava mais sensível que nunca.
Apertei-a com tanta força contra o meu peito que por momentos fiquei sem fôlego. Relembrei o perfume que me espalhavas no pescoço e cheiravas com tanto amor reluzindo os olhos cor de mel mais bonitos do mundo, que encontrava na tua face todos os dias do meu acordar.
Já não resta mais nada para contar, muito menos para dizer.
Eu quero esconder toda a tristeza que me deixa a cada dia mais contestável, contudo cada vez mais calada, mas eu não consigo.
Chego a casa numa volta sem sentido, e logo lanço um beijinho ao ar à minha mãe contendo as lágrimas, dizendo que o dia não me correu muito bem, culpando as notas que nem são más de todo.
Vou para o banho, que agora até que tem sido bem rápido, e então deixo-me tentada a pensar de novo, e logo lanço água para os olhos, em sinal de desespero.
Finalmente chega o que o meu corpo tanto me pede..
Enfiando a cabeça por debaixo de todos os cobertores coloridos que tenho na minha cama, começo a imaginar tudo, e deixo-me ficar soluçando até o novo dia começar, outra vez..

Já nem sei porque choro, só sei que o faço apenas para libertar algo que me prende.
Conto os dias como quem recua no tempo, e então fico zelando por ti e por mim, por nós.

Foi a ulima fotografia dedicada somente a ti,
ass: amor impossível




Não foi bem uma parte de mim na verdade, foi mesmo a minha estrela que partiu, sem me esperar..
Um dia irás perceber porque sofro tanto por ti, porque te amo com todos os poderes que o infinito me deu~



"Porque nunca me esqueces-te Sara?
-Eu não sei, talvez porque nunca tive forças para conseguir
lutar contra o meu próprio coração.."

3 comentários:

  1. Obrigada, ainda bem que concordas comigo :)
    Uma vez mais, gosto bastante deste texto. A meu ver, tens uma escrita bastante sólida para uma adolescente. Continua assim :P

    Beijos

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  2. texto forte :x
    adorei , mesmo , a última parte o:

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