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segunda-feira, 23 de julho de 2012

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(...) Gritavas com dores, naquela cama de hospital. E a minha mãe só chorava e dizia-me que estava tudo bem. Eu sabia que não estava, tia. Mas apesar de ter os meus 12 anos, eu tinha a percepção de que a todas as perguntas que fizesse não obteria uma resposta.. Então eu calei-me, sentei-me num daqueles bancos cinzentos, senti o cheiro nauseabundo que corria pelo corredor. Mas calei-me.. Soube que estava a chegar o teu fim, sabia que o devia respeitar, nem que fosse com um grito de silêncio. É por isso que defendo que devemos dizer tudo aquilo que temos para dizer. Tinha tantas coisas para te contar tia, tanta palavra que tive de esperar que o coração libertasse.. E não imaginas a falta que ainda hoje me fazes

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