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sábado, 10 de julho de 2010

Sinto-me tão minúscula aqui. Tão faminta de qualquer coisa que faça crescer, ou tão desesperada para conseguir desaparecer. 
Que escolham, decidam por mim, que continuem fazendo do meu coração, uma coisa pequenina que mandam para um lado e para o outro. Talvez seja por isso que está tão machucado, tão partido. Anda sempre assim: de um lado para o outro
«Ou é ou não é»gritava ele comigo mesma.
Eu sabia. Mas também sabia que não sabia decidir. Aguentavas-te mais um pouco coração. Era somente o que lhe pedia, com o pensamento centrado na solução que não aparecia por mais procuras que a minha mente fizesse. 
E tudo passou. E a maior pena que tenho, é de não ter tido a coragem de ter pena de mim. Atraiçoei a minha sanidade. E ainda hoje, com minha pena, não consigo encontrar essa lamuria dentro de mim. Nunca e para sempre, que são palavras tão distintas que tão bem se aplicam neste contexto tão deprimente quanto todo o choro de meus olhos.
Agora, enquanto olho o céu, a paisagem que vai passando num rebuliço, até que me deixa esbater com a cara no vidro, como se nunca tivesse visto na minha vida, nada igual. Tão bonito, que me faz relembrar os nossos momentos. E que talvez tenha sido demasiado fraca. Mas ter deixado que os medos se esbatessem sobre mim, só piorou. Piorou o pior. Agora, sou uma faminta no mundo. Não sei de onde venho, muito menos quem sou. 
Mas tu ainda sabes ? Ainda sabes que só tu me fazes encontrar o meu 'eu' ?
Então olha, vou voltar. E o meu coração vai-se partir em mil pedaços mais um vez, me parece. Anda, aguenta-te mais um pouco coração.


sara m. silva

2 comentários:

  1. Acho que já havia estado em dívida contigo há bastente tempo. E refiro-me puramente ao comentário.
    Oh Sara, as merdas não andam bem.
    Há quem diga que é o tempo, há quem diga que é a distância, eu cá gosto mais de pensar que é a persistência, a luta constante, a vontade, a não desistência, a não vassilação. Se parares vão-te tomar como vencida, como ninguém, como alguém que podem maltratar alguém sem vontade de se assumir, vontade de ser chamada de pessoa.
    Que mais poderás ter senão um par de desilusões? Segue em frente, a sofrer já estás tu, ou alguém.
    É A CAPACIDADE DE CONSTRUIR QUE MOVE O SER HUMANO.
    E eu, e tu poderíaos ter nascido com asas, com garras, com a velocidade de uma chita, mas não... temos duas mãos, um cérebro, duas pernas e pouco mais; faz uso da cabeça. PÕEM-TE A MEXER.
    um beijinho :D

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  2. Texto lindo +.+
    Gostei daquelas últimas frases, depois da imagem (:

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