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sábado, 19 de junho de 2010

Pântano

)A rua que eu vislumbrava na minha frente fazia com que os poros da minha pele se elevassem. Enquanto permanecia estaticamente equilibrada, a escuridão parecia querer-me engolir, sugar-me para todos os defeitos e questões que aquele espaço guardava. O fundo preto, a um quanto de distância da minha face, era constituído por ruídos de todas as formas que me pareciam aguardar com certa malícia. As minhas mãos tremiam sem cessar, e a minha pulsação cardíaca estaria com certeza a cima do real. 
Fechava os olhos inclinando a cabeça para a lua. E nunca tive tanto medo de a olhar... Nunca tive tanto medo de olhar a luz no escuro. E nem os meus olhos fechados, conseguiam impedir as lágrimas de escorrer pela face, e por tão compactadas que estavam, que nem se notava distância por entre duas, ou três, ou quantas eram as parecidas infinitas. Impeli-me contra o escuro, com receio.
E quem me dera estares lá, naquele momento, para me proteger e amparar nos momentos em que decidi fazer escolhas que o meu coração desconheceu.
Mas eu tive de ir sozinha, para que o meu coração se libertasse. Eu tinha de gritar todos os pensamentos que me enchiam a alma de fantasmas. 
O teu rosto não se movia do meu olhar. E a fotografia que vejo vezes sem conta, é a mesma. TU. 
TU, és uma fotografia. Uma fotografia a preto e branco que eu nunca conseguirei colorir. Daquelas fotografias que por mais que se rasguem permanecem intactas, como nos livros de Stefanie Mayer, onde os Vampiros não morrem nem que os humanos lhes atravessem uma faca sobre o coração.
É o meu caso. Nem com uma faca espetada contra o meu coração, tu sairás de mim. O meu coração reconstituir-se-á de novo, e aí a tua imagem voltará á sua forma. A preto e branco, como antigamente.




já fugi.
 agora só peço para descobrir quem sou...

1 comentário:

  1. oh amor adoro os sentimentos que jogas para os teus textos .
    Ficam sempre, sempre, sempre bem *

    amo tee <3

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