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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Amor de Verão

Os grãos de areia eram finos e soltavam-se por entre os meus dedos delicados. As gaivotas voavam o céu como que inaugurando uma nova estação, esvoaçando por entre as nuvens incutindo um novo dia.
O céu ficou nebuloso por entre uns quantos segundos, já que eu olhara para o relógio, findando os ponteiros que minuciosamente faziam 'tic-tac', num silencio concreto.
E penso se poderei então encarar isto tal e qual quanto um sinal: 
-O nosso amor pode ser considerado como o tempo: 
ele é tão instável quanto o amor .
Tanto é radiante como o sol como fica tempestuoso quanto a chuva banhando almas ternamente sós. 
E esse frio torna-se cada vez mais frio e este acaba por se extinguir. Mas logo volta o calor, e o quente acaba por recorrer de novo a uma chama que nos olha sem olhos, que nos beija sem lábios e que nos ama sem medos. É pena que o amor neste caso, não  seja assim tão idêntico ao tempo. Quanto mais os corpos se distanciam e os pensamentos se contradizem, o frio morre. Mas ao contrário de o tempo onde o calor desta vez vem, mais quente que o habitual, no amor, o frio morre, mas morre eternamente. Não há mais chama nem mais gelo. Não há mais magoa, nem clamor, nem mais beijos de amor. Inacreditavelmente tudo acaba bem no fim. Nada fica tal e qual como nas historias de final feliz. 
Mas esquece tudo o que falei até agora.  Se não há, passará a haver. Não haverá história mais bonita que a nossa. E no que depender de mim, nem a morte nos separará. O amor, ressuscitar-nos-á .






"Vós, que sofrei porque amais,amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele." - Victor Hugosara m. silva

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